Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei...
Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos... Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo...
“Acreditei que aquelas medidas eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos..."
Eu e a minha equipe não víamos alternativa viável no início de 1990. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros.
No entanto, passados 31 anos desde o confisco no governo Collor, o medo dos brasileiros de reviver este pesadelo ainda está aceso...
Mas, nos dias de hoje, com a emenda à Constituição 31 de 2001, não é possível deter ou sequestrar bens da poupança ou qualquer ativo financeiro por mera medida provisória ou decreto.
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É chegado o momento de falar, com ainda mais clareza, o bloqueio dos ativos no começo do meu governo. Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação de 80% ao mês".
Na época, a inflação mensal chegou a níveis extremos. O governo não sabia como proceder. Foi nesse momento que conhecemos o "confisco".
Fernando Collor de Mello, queria estabilizar a inflação. Na noite de 16 de março de 1990, anunciou que os valores depositados nos bancos acima de 50 mil cruzados seriam retidos por 18 meses...
O professor Dumas explica que o movimento de Collor para conter a inflação não adiantou nada, pois o custo do funcionalismo público era oneroso e o governo tinha acabado de paralisar a circulação de dinheiro, assim, teve que emitir moeda para pagar seus próprios custos. "Foi como tacar fogo na casa apenas para assar um frango”.
"Acreditei que aquelas medidas eram o caminho certo. Infelizmente errei.Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação de 80% ao mês".
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